quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Perdão?!

       De nada adianta encher a boca e cuspir meias-verdades, as meias-mentiras irão sobressair em sua fala. Também de nada adianta humildemente pedir perdão a alguns, pois quando o coração aperta de culpa, deve-se ter uma redenção por inteiro, e não por partes, fracionado. E mais importante ainda, assim como a mentira, a verdade deve ser dita de sua boca, em alto e bom som, e não contida em meras palavras jogadas aos ventos, sem direção especifica. A vergonha nada mais é do que a consequência do descobrir da mentira, da traição. O coração do mentiroso é, talvez, cheio de culpa, mas o do traído é cheio de mágoa. Talvez mais difícil do que pedir perdão, é perdoar. Sim, mas perdoar de verdade, por que nem sempre dizer “te perdoou”, é real, sem mágoas. Nobre não é gaguejar o perdão, e sim reconhecer a culpa, desmentir suas histórias e confessar a verdade para aqueles que acreditaram na mentira. Se for pra pedir perdão, que seja por inteiro! Por que vergonha maior do que confessar a verdade, é deixá-la oculta, esse sim é um ato vergonhoso.

E agora suas mentiras sobressaltaram os olhos
Tão carregada de culpa
Seu júbilo de ganância e poder
Tornaram-se vergonha
Sujaram sua face, seu nome e sua casa.

Do batom vermelho na boca
Saltaram meias-verdades
Outrora meias-mentiras
Que foi corroendo
A tua feição em minha mente.

Os olhos de pingo de chuva horizontais
Desfez-se em tempestade
Carregados de fúria e fel
Das faces incrédulas só restaram
Nada mais do que decepção.

E lá se fora uma boa pessoa
Restando agora, apenas um corpo vazio
Rodeado de outros corpos vazios
Com olhares vazios
E verdades vazias.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Ei, psiiiu! É com você mesma!


     Toda mulher deveria saber que existe uma outra dentro de si, talvez um pouco mais brincalhona, um pouco mais charmosa, mais jovem, sexy e confiante, que requer só um pouco mais de brilho, postura, poses e flashes para que ela apareça com todo o poder de mulher fatal. É incrível perceber por detrás da câmera, uma mulher ir se soltando diante dos turbilhões de fotos que vão surgindo, no começo é tímida, mas com o fluir dos flashes aquela mulher se transforma, adquire confiança que nunca teve. Talvez esse seja o poder de fotografar. É o poder de fazer ressurgir uma mulher confiante, que estava trancafiada em timidez, baixa autoestima ou em dona de casa desleixada.
       Tenho que admitir que fotografar é uma arte, que consiste em estudar o melhor ângulo, avaliar os mínimos detalhes e ter criatividade e sensibilidade de sentir e perceber tudo ao redor. Mas o que mais me encanta é, como foi dito, a forma como as fotos ajudam uma pessoa em se aceitar da forma que é, de aprender a se amar e a se ver de outro modo, saber que é possível ser fatal e que isso não requer muitos esforços, ou seja, fotografia não é apenas fotografia, é uma forma de terapia, de revelar em uma imagem uma mulher linda, capaz de transformar seus conceitos de beleza, e por fim, a se autovalorizar, a ver em sua foto uma mulher poderosa, capaz de conquistar o mundo.


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Conchinhas do Mar


      Os monstros que acreditei que existiam não passaram de fantasmas que criei, com a única intenção de realmente acreditar, a fim de me afastar de todo o passado tão agridoce na língua. E aí a bola de neve só foi crescendo e crescendo, depois quando me dei conta, ela estava ali, tão imensa que servia de barreira entre o mundo real e o mundo imaginário. Até que um dia a “mentira” estava diante de meus olhos, em carne viva, coração pulsando e livre. Sim, livre. Essa foi a palavra que me veio a mente quando lembrei, talvez a melhor que pudesse existir. Livre, por que a mentira que tanto acreditei existir, ou melhor, tentei acreditar, não era real. Não passava de liberdade. Por que o que me sufocava não era outra pessoa, e sim eu mesma. Daí eu percebi que aquela bolinha de neve, tão pequena, tinha crescido tanto, ao ponto de impedir minha visão...  E hoje, a única coisa que me resta é liberdade. Libertar-me dos monstros imagináveis e começar a viver o mundo real, limpo.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Esse Cara NÃO Existe!


      Depois de um tempo, as imaginações e idealismos que aperfeiçoamos em nossa mente, com “finais felizes”, recheados com fantasias de conto de fadas, cavaleiros, princesas e dragões, se transformam em desilusão. Caímos do cavalo branco, metemos a cabeça em uma pedra e nos damos conta que o príncipe não é tão legal assim, que viver conforme um livro é chato, é controlador demais. Daí aquele homem esbelto, sensível e forte ao mesmo tempo, como nos contos de fada, não existe, não passa de uma história que os pais contam para as filhas, afim de que esperem ao máximo pelo rapaz que nunca vai existir. E então, aquela princesa acaba só, acompanhada de um casal de gatos siameses, relendo os clássicos da literatura, sentada numa cadeira acolchoada, esperando a velhice bater a porta.
     O típico homem perfeito não existe, e se você está à procura de um, restará apenas nos clássicos de amor, mas não se entristeça, se te serve de consolo, o homem perfeito não existe, mas o ideal sim. “Esse cara sou eu”, não se iluda, é apenas uma música, esse também não existe! E se existir, por favor, corra dele! Por que provavelmente é sensível demais, controlador demais, ciumento demais, e quiçá um maníaco... E esse com certeza não é perfeito, nem muito menos ideal, a não ser que você precise de um homem que não tenha vida própria e nem personalidade, viva pelas suas sombras, respire o mesmo ar, até te deixar sufocada!
    E para acabar o texto, vale ressaltar que amar não é viver a vida do outro, está o tempo todo querendo ver e pior ainda não saber ficar sem a outra pessoa, isso aí já é mais doença do que qualquer outro sentimento. Amar é primeiramente não precisar do outro para respirar, mas está com o outro por opção, e não por necessidade.

O cara que pensa em você toda hora
Que conta os segundos se você demora
Que está todo o tempo querendo te ver
Porque já não sabe ficar sem você

E no meio da noite te chama
Pra dizer que te ama
Esse cara SIMPLESMENTE NÃO EXISTE! ;)

(...)



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Alguma Princesa Está Viva?


       A vida está mais para Shakespeare, um Romeu sem Julieta, Julieta sem Romeu. Colocamos nossa coroa falsificada, caindo aos pedaços, enchemos o pulmão e berramos “Mais que droga! Tá difícil achar homem que preste!”. Enquanto isso, as mulheres cortam seus vestidos de gala, quanto mais curto “melhor”, trocam suas xícaras de chá com as amigas, pelos copos de cachaça nas noitadas, alteram sua postura centrada, por uma mulher moderna liberal, e deixam de recitar versos de amor para cantar músicas de desvalorização feminina. Não era de se espantar que Julieta e Romeu morressem, não?! As mulheres buscam príncipes, mas esquecem de serem princesas!

Meninas-Mulheres

         
        É mais uma mulher arrumada, de salto alto e bolsa de lado, mas que precisa apenas que uma pessoa olhe pra ela, principalmente um homem, para que aquela menininha que existe em seu interior, nerd,  com óculos fundo de garrafa, do tempo da sua infância a meados da puberdade, apareça mais uma vez em sua mente insegura, fazendo seu olhar ficar cabisbaixo, em fuga. Que desastre! Pobre garota sem jeito! É o que diriam... Ou talvez não, fosse apenas o que sua mente ditava, afim de auto-desprezo. É essa a garota que existe em você? Talvez não necessariamente nerd, com óculos fundo de garrafa, mas seja como for, continua sendo uma garotinha insegura, que vive em você, fazendo de suas roupas, maquiagens, livros, amigos, até mesmo tom de voz... Transformem-se em disfarces. No fundo é tudo vazio. É por isso que as mulheres se machucam tão facilmente, pois não se encontram decididas, decididas sobre qualquer coisa na vida, são confusas, inseguras, atropelam-se em palavras, ideias, argumentos e lágrimas. Por que mesmo você que dá uma de durona, fria, antissentimental, basta ficar uma noite de sábado assistindo a um filme de romance, em que a menina feinha e atrapalhada encontra finalmente com seu príncipe encantado, mesmo os filmes mais modernos, são todos iguais, que você fica toda derretida, a fim de sua vida virar um conto de fadas! Ora, e nem adianta contradizer essas palavras, no fundo somos todas iguais, assim como gritamos tantas vezes, a plenos pulmões, que os homens são todos iguais! Mulher, mulher, mulheres... Por que somos tão apegadas a idealizações? Queremos aquilo que não somos e/ou não temos, e nosso ser fica tão desprezado, que seus espíritos vêm de vez em quando nos atormentar, seja numa dieta, num corte de cabelo, numa cor de esmaltes... Ou seja, estamos sempre berrando com nós mesmas, afim de “autocontrole”, que não passam de disfarces, pois queremos transmitir uma imagem de mulher poderosa, como vendem nos livros de autoajuda. Mas veja só, temos que ser outra, para fisgar um homem! Até por que o mercado está difícil, uma vez que, há mais mulheres do que homens, e entre estes ainda há os que não curtem mulheres... Pois bem, depois de tanto blá-blá-blá é hora de acabar o texto e refazer a maquiagem. Boa noite meninas mulheres!

Banalidade

       E hoje era apenas mais um dia de verão, até que me ocorreu por uma vontade qualquer, banal, de ler meus escritos tão abarrotados e esquecidos em dois links, dois blogs. Surge-me como uma força mãe, natural, que se apodera de minhas mãos, obrigando-me a escrever, escrever qualquer coisa, sem nenhuma pretensão, nenhum pensamento concreto em mente. Como percebe, ou melhor, como percebo, minha vida encontra-se em extremos, ora beirando a preguiça, ora a cansaço. Preguiça de estudar, de escrever, de sentir, de pensar. Cansaço de malhar (pois é, me contradizendo todas as vezes que achei que não iria gostar e nem muito menos duraria mais de uma semana, pois bem, veremos até quando, hoje acaba de completar uma semana...). Ainda não sei o porquê de deixar minha vida tão exposta assim em um site, sem leitores, que frustração (diriam), mas me ocorre certo alívio ao falar, falar, falar e ouvir apenas o eco de minha voz... E aqui deixo mais um texto sem nexo e sem coerência. Boa noite fantasmas de minha mente oca!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mundo

Tenho o mundo em minhas mãos
E ainda acredito não ser dona de nada
Enquanto já possuo o todo em mim.
                 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Drama

     Meu dramatismo me sufoca, me atira pela janela, escancara a porta, dá um tiro pela culatra, me mata de exageros, me transforma em hipérbole.

Nada Mais Que Confusão


        Minutos e mais minutos pensando no quê escrever, mas qualquer assunto torna-se tolo ou cansativo demais. As palavras vão fugindo junto com minha empolgação de escrever, mas afinal, por que estou escrevendo? Se nem sei o que escrever ou se quero ser lida, ou melhor, não sei o porquê de escrever se nem devo ser lida. Então fico feito bobo da corte, só que sem rei, sem corte. Daí eu percebo que o prazer de escrever já não é o bastante pra mim. São apenas palavras soltas. Sem nexo. Sem ligações. Sem público. Artista ou pessimista? É dúvida que me assola. Sinto-me vazia com esses momentos de ser ou não ser. De sentir ou não sentir. Quem sou eu, então? Se artista fosse, por que não tenho arte para contemplar? Tudo é nostalgia. Tudo é apenas um momento que me aparece, feito a surpresa de um assalto, num piscar de olhos, o fim. Mas depois de tantas delongas, só restam ideias soltas, um texto confuso, uma autora pessimista, e arte? Quem se importa?! Ninguém mais sabe o que esta significa! Triste Fim de Ayllane Fulco!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Por Que Diacho Faz Isso Comigo?


      Às vezes dá vontade de roubar-lhe o tempo. Esse que é tão corrido, me deixando tão só. Às vezes dá vontade de roubar-lhe os olhos, esses que são tão calmos e mansos. Às vezes dá vontade de roubar-lhe aos poucos, para que não percebas minha ousadia. Mas às vezes quero roubar-lhe por inteiro, sem espera, sem controvérsias e desculpas. É vontade insaciável de presença. É um descontentamento intenso. É querer, sem antes pedir.
     Que mal há no te querer? Por que não posso simplesmente ser dona de seus segundos, estes pequenos e ternos segundos? Não faço questão dos dias, nem tão pouco de teu tempo por inteiro, pequenos segundos me são satisfatórios, se puder tê-los comigo, nem que seja em pequenas recordações, em flashes de saudades.
     Não percebes que te espero? Sou como deserto em busca de chuva, minha esperança é meu consolo, a forma que tenho de me conformar com tua ausência, com poucas palavras, raros pensamentos. Mas quando tu surges em meio ao vazio, tento me conter de felicidade, para que tu não a note. Desfaço-me em mil faces, essas que são indiferentes pra ti.
    O teu silêncio me surge em desespero, chegando a imaginar os motivos pelos quais permanece assim, tão frio... E quando menos anseio, em minha surpresa, tu renasces, provocando-me confusão, transformando as cores frias em quente... Ora! Por que diacho tu faz isso comigo? Por que não podes simplesmente aparecer e permanecer? Insiste nessa pressa de oscilar meu coração, tu não tens remorso do que faz comigo?!

domingo, 7 de outubro de 2012

Mudança


       Depois de um tempo você descobre que o bom, não é tão bom assim; que o ruim, pode ser bom; que o correto, pode ser errado, e vice-versa. O tempo traz consigo um aprendizado: Que nossa forma de ver o mundo é tão incerta, as nossas classificações são meras, e que nada é constante, inalterável. Nós mudamos e iremos sempre mudar, e isso não significa algo ruim, apenas nos transformamos com o decorrer dos dias, das conversas e experiências.

Caminhos Contrários

       Mesmo com uma corda no peito, a boca seca, e os olhos cansados, é preciso nos deixar ir a caminhos contrários, abrir mão do que não é nosso, do que possui vida própria. Deixar que o outro siga em um caminho diferente do seu e isso lhe requer muitos esforços, como a coragem de dizer adeus, de abandonar lembranças e convívios, em prol dos dois. Mas isso não significa esquecimento, mesmo que haja distância necessária para cada um reconstruir suas estradas, e durante esse tempo não exista contato, o que ficou tornou-se eterno, nem o tempo, caminhos e distâncias conseguem destruir.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Último Dos 17


        Escrevo agora meu último texto antes de ser maior de idade, não que isso venha alterar muita coisa, sempre me convenceram que eu era uma idosa no corpo de uma menina. Ou seja, nunca fui dona da minha verdadeira idade. Mas voltando ao assunto, sem ter ao certo o que escrever, já que minha vida sempre foi muito redundante, eu até pensei em falar sobre ela, para que quando eu lembrasse da minha menor idade (como se isso fosse grande coisa) eu pudesse ler esse texto, pois do jeito que estou, nem lembro bem o que almocei hoje, quiçá minha vida até meus 17 anos. Mas farei um breve esforço... Pois bem, sempre fui aquela garotinha tímida, que estudava muito e obediente, paparicada pelos professores, isso até a 7º série, quando mudei de colégio, até então eu estudava, mas já não era paparica mais... Porém quando chego a 8º série decido morar na casa da minha tia, no interior de Alagoas, na cidade de Arapiraca, eu sempre gostei de rock, mas minha aparência não era tal, só que com toda essa mudança e andando com minha prima, que também gostava de rock, foi apenas um empurrãozinho. Esse tempo foi um dos melhores da minha vida tão monótona, pintávamos os olhos com delineador preto, usávamos roupas diferentes, cabelos pintados e tínhamos colocado piercing escondidas(como mostra uma foto minha ao lado, nesse ano de 2009), é uma longa história, um dia hei de contá-la com mais detalhes. Foi um tempo um tanto radical, mesmo que muitos tivessem acreditado em nossa mudança interna, no fundo eu permanecia a mesma menina tímida que gostava de ler (nesses seis meses em Arapiraca foi o tempo que mais li, meu tio tem um quarto dos sonhos, preenchidos de livros variados, eu sempre lia um com a vontade imensa de ir naquele quarto mágico e buscar por mais uma aventura). Depois que esses longos seis meses se passaram, eu voltei para Maceió, pra vida parada, abandonei as velhas roupas, os velhos costumes, me adaptei à neutralidade. Voltara a ser apenas uma garota comum, vestes comuns, cabelo comum. Hoje eu continuo comum. E quanto mais tempo vou passando, mais me convenço que minha vida se resumiu grande parte em seis meses, esses que me fizeram amadurecer como se fossem dez anos passados.

Dia De Azar!


         Sabe aquele dia que tudo dá errado? Seu despertador não toca, você acorda atrasado, o cabelo revoltado, que nem escova resolve! Dai você decide sair de casa, mesmo estando uma desgraça, e quando atravessa a pista vem um carro desembestado e lhe dá um banho d'água! Ou melhor, quando já atrasado, na esquina do ponto de ônibus vê aquele que só passa em cada meia hora, ali, parado, mas preste a ir embora. Você desesperado que está, corre, dando sinal para o motorista esperar, ele simplesmente vira o rosto e vai embora, nessa hora sua raiva está tão grande, que você só não o chama de bonito, por que o resto já saiu explodindo da boca há muito tempo.
         Até aí tudo bem, nada que nunca tivesse acontecido com alguém... Você chega ao lugar que queria, depois de quase uma hora atrasado, se for no trabalho, teu chefe já está vermelho, cara fechada e resmungando da demora, se for na escola, o coordenador já está te ameaçando de deixar de fora na próxima vez. Você vai querendo esquecer que teve um começo de dia ruim, até que sente aquele mau cheiro... Porra, seu sapato está sujo de cocô de cachorro, naquela hora você pensa “o que poderia piorar?!”, corre para o banheiro ou uma ala de limpeza, mas já ouviram aquele velho ditado “merda quando mais mexe mais fede”? Pois é. Até que seu nariz já se acostuma com aquele cheiro e você vai torcendo que sua manhã acabe logo e vá junto seu azar do dia. Mas não tem jeito, acordou com o pé esquerdo. No final do dia, indo para a casa, já frustrado com o péssimo dia, é assaltado no meio do caminho, por dois garotões, levam o seu notebook dividido em 12 vezes e seu celular que acabou de pagar. Aquilo poderia doer mais se fosse um dia qualquer, mas do jeito que estava indo, aquilo já era previsto, e a sua única vontade era de chegar a casa e deitar-se com o pé direito. Quando finalmente chega em casa, que abre a porta, tudo parecia tranquilo, tudo calmo e limpo. Resolve tomar um banho quente, quando liga o chuveiro elétrico descobre que está queimado, que sua única opção é um banho de água fria, mas se contenta, ora, dos males o menor, e se atira na água fria. Depois do banho, quando vai se deitar, se previne antes, se joga naquela cama convidativa e tão aconchegante com o pé direito, para que seu azar fosse embora, até que sua maldita campainha toca, parecendo mais uma sirene, você reluta em ir, quase chama seu cachorro para abrir a porta, mas lembra-se depois que ele é só um animal. Levanta com tanta raiva, falando palavrões até com os pais daquela pessoa desconhecida que se encontrava na espera, quando de repente abre a porta, adivinha? Era um vendedor de cosméticos! Você quase bate a porta na cara dele, mas o vendedor já acostumado com esses acontecimentos, é mais rápido, em um piscar de olhos já se encontra na sala, tirando dentro de sua enorme bolsa, vários cremes. Você abre a boca e diz “não estou interessado em nenhum produto! Você pode se retirar da minha casa agora!”, depois de tanto repetir essa frase o vendedor se convence de ir embora. E finalmente vai deitar-se, quando se atira na cama, já deitado, é que nota que seu último passo antes de se atirar foi com o pé esquerdo, e se derrama em choro, já pressentindo o péssimo dia de amanhã.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Apesar De...


       Meu bem, abra as janelas. Ouça os pássaros. Olhe para o céu. Levante-se da cama. Vista uma roupa. Dê bom dia aos desconhecidos. Abrace os íntimos. Recolha o lixo. Jogue fora o lixo. Depois se limpe. Canta uma música. Rasgue o verbo. Grite cada vez mais alto. Abra os braços. Corra. Fuja feito pássaro. Fale palavrões. Liberte-se. Viva. Ame. Depois esqueça e ame de novo. E de novo. Não pare. Não diga não. Apenas ande, se puder salte. Salte entre pedras no meio do caminho. Mas não recolha as pedras. Deixe-as intactas, para trás. E por fim, viva. Viva apesar de...
                                                                            
                                                                           

Eu É Que Não Gosto De Você

      Quantas vezes queremos mentir para o mundo para conseguirmos fazer com que os outros acreditem, mas principalmente a nós mesmos, na mentira? Quantas vezes abrimos a boca e cuspimos palavras estúpidas enquanto o coração está saltando em paixão? Quantas vezes culpamos o outro, quando na verdade sabemos que o erro foi nosso?

        Amor, amor, amor... Quando não correspondido, nos atira em tamanha loucura, perdemos a noção de tempo e espaço, cada dia em ausência é feito uma eternidade, cada espaço sem presença é vazio e triste. E quando achamos ou queremos achar, que estamos bem, não precisamos de ninguém e que superamos tudo, de repente aquela pessoa te revira à cabeça, surge diante de nossa mentira, nos fazendo render diante dela. É aí que a frase “mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira” sobrevém diante de nossos olhos.
           Não adianta gritar aos muros e telhados, nem sussurrar em minha mente, tentar me convencer das atrocidades que venho tentando criar, das histórias forjadas e nem das recordações que reluto em esquecer... Diacho que não sai! É feito parasita!
          Um dia após outro, um tempo esperançoso, essa é a cura que nos aconselham. Esquecer, esquecer. Mas como faço para fugir da armadilha que construí? Como faço para seu nome não aparecer nas noites que tento dormir? E quando digo para mim mesmo que não me importo mais com você, que tudo não passou de um momento efêmero e que estou bem, como faço para acreditar em tudo isso? Como faço para acelerar o tempo, se esse parece não gostar de mim? E como faço para tornar momentos incríveis em pura casualidade?
          Enquanto não fabricarem uma vacina antipaixão, eu continuarei amando, por que este meu pobre coração se apega tão facilmente as pessoas. Ele não me obedece, não escuta nem a minha voz, prefere ir fundo, encarar o mundo e depois de tanto saltar em dança, ele se recolhe triste, fazendo-me temer com sua saúde. Pobre coração, acredita em sonhos.
                                                                                                                  

domingo, 30 de setembro de 2012

Travessia

      Você pode abrir a porta e sair de uma vez por toda da minha vida? Espere! Espere! Fique só mais alguns segundos... Não, não, é melhor que suma mesmo! Mas calma! Vá devagar! Quando quiser aparecer de vez em quando, tudo bem! Nem que seja pra dizer um oi! Ou como vai?! Espera! Acho melhor não! Não gosto de coisas indecisas! Se quiser ir embora, tudo bem!  Sem problemas! No entanto que em datas comemorativas você me ligue! Pode ser uma mensagem! Ou até mesmo um telegrama! Você é quem decide...!

      Quantas vezes ficamos à margem de nós mesmos? É como Fernando Pessoa disse "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”. Às vezes é preciso tomar uma decisão, seguir um caminho distinto daquele que nos levava sempre ao mesmo rumo, sem deixar vestígios pela estrada.
                                                                                                                   

sábado, 29 de setembro de 2012

As Pessoas São Livres


        As pessoas são livres, elas amam, se apaixonam por outras, se desapaixonam, odeiam sem motivos, e de repente se amam sem motivos também. É aquela velha pergunta, é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? Mas é claro que sim! Isso é o que mais ocorre, só precisamos olhar em nossa volta, dentro da família. Em todas tem aquele casal frustrado, que se amava e agora, por pouco, não se mata, aquele casal que tem um que trai, às vezes mantêm outra família em segredo, ou aquele que estão juntos por conveniência, que todos sabem que não há mais amor, inclusive eles, existe apenas uma união, uma família construída, contas divididas, ou até mesmo esses três casos em um só.
          Querer que a pessoa que está ao seu lado tenha sentimentos intactos, é melhor dar-lhe de presente uma bolha, que possa aprisioná-la do mundo. Não digo que está em um casamento você deva saber que será “traída”, até por que não funciona assim, ainda existe os que se conseguem manter sem envolvimento com outras pessoas, não sentem necessidade e nem passam por situações que provoque o acontecimento. Mas como foi dito, as pessoas estão livres, e se por ventura o amor tiver acabado, não tem a quem culpar ou procurar por justificativas de erro, simplesmente aconteceu. Estamos sujeitos a perdas e até mesmo a ganhos, por que assim como acontece de acabar, pode acontecer de surgir uma nova paixão, sem que seja também culpado por isso.
           Outro tema é: quem ama trai? Ora, por que não? Acontece, pode vir a acontecer, isso não quer dizer que não seja amor, até por que há uma grande diferença entre amor e atração, são duas coisas distintas, mas que se completam. E pra mim, traição vai além de um contato físico, é uma quebra de confiança, é uma desconsideração. Sabendo que a pior dor não é do fato de ser traído, mas da repercussão que isso provocará, os comentários, depois que isso acontece, aí sim a traição foi consumada, quando você sabe por terceiros.
             É complicado afirmar que perdoaria uma traição, há casos e casos, quando ainda há um sentimento entre os dois, quando há uma troca de conversa verdadeira, um pedido de perdão, talvez sim, mas tem aquela coisa, e a confiança? É de se pensar, certas coisas ficam difíceis de recuperar. Mas também acredito que um casamento não necessariamente deva acabar por causa de uma traição, por que tem coisas além, tem filhos, tem casa, contas, tem uma vida construída em união, sem dizer que ainda pode haver sentimentos entre eles, agora se não houver mais jeito, não tiver mais sentimentos, se nenhum dos dois se suportarem, se isso chega a atingir os próprios filhos, talvez tenha chegado ao final mesmo.
            Enfim, é preciso saber o que é traição, e saber diferenciar amor de atração, dizer que quem ama não trai, ou que a traição é imperdoável, é mais pura utopia, é difícil perdoar, mas impossível não. Quando você está no mundo das fantasias, a própria vida um dia te fará amadurecer com as experiências.
                                                                                                 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mente Fechada


        Luto contra meu conservadorismo, manter a mente fechada chega a ser vergonhoso e um ato ignorante. Aquele que sente orgulho de ser cabeça dura ou de ter ideias fixas, não passa de um cavalo com tampão nos olhos, tem uma visão limitada, só enxerga aquilo que quer enxergar. Sinto que devo quebrar meus próprios tabus, minhas ideias completas, minhas certezas, quanto mais dúvidas eu tiver, mais completa me sentirei, pois não quero ser a dona das verdades, longe disso, quero poder analisar o que o mundo me apresenta como certo, mas manter sempre a dúvida, a incerteza, para que minha mente possa estar sempre disposta a novos conceitos.
       Meu conservadorismo é feito uma algema, quer me trazer sempre pra mesma prisão de visão, quebrar essas correntes, é libertar-se de si mesmo, do autoritarismo mental que vivemos e queremos impor aos outros. Quero, na verdade, ter uma mente flexível, que possa estar sempre ponderando entre aquilo que entendo e o que não tenho conhecimento, e por fim buscar. Buscar por verdades, e não adquiri-la por osmose, deixar os tabus de lado e poder ser permeável a qualquer divergência que fazia parte de mim.
      Classificar, denominar ou condenar é a forma mais alienada que existe, é a forma desumana ou até mesmo humana (não sei qual desses dois seria o melhor, não sei se o termo ‘humano’ é algo positivo) de aprisionar e dividir os homens, é a partir daí que surge o tal preconceito, tudo aquilo que nós condenamos, que pelas nossas verdades encontramos os errados, como se a nossa verdade fosse a correta, mas quem diz se é a correta ou não? Quem seria capaz de conceituar a forma certa de ver o mundo? Cada um tem uma visão, querer que todos possuam o mesmo modo de ver e condenar os contrários é frustrante e um tanto hipócrita, uma vez que outros sentiriam também o direito de te condenar, seja pelo seu conservadorismo ou radicalismo.
                                                                                     

Solidão, A Maior Companheira.


        Chega um momento em que a solidão preenche cada espaço vazio, torna-se nossa maior cúmplice, dividimos com ela cada tristeza, pensamento e memória que aflige nosso âmago. Nesse momento não há pessoa melhor, a qual conseguisse nos compreender tão bem, sem julgamentos ou conselhos, apenas com seu completo silêncio, silêncio esse que nos acalma, acolhe feito mãe a um filho, sem intenções, sem obrigações e sem palavras. É uma voz muda, um beijo de brisa, um estar só completo, trazendo consigo o prazer da solidão, o prazer de sentir-se única, poder ouvir no silêncio sua própria respiração, seu coração pulsar e não conter o pensamento que flui sem ninguém para atrapalhar. Solidão, solidão, solidão. É um parente que chega sem avisar, abre a porta sem bater, nos lança em nosso mais profundo “eu”, sem querer nada em troca, nem uma conversa fiada, nem um “bom dia” mal dito, nem a presença vazia de um corpo. Há muito tempo a palavra solidão me intrigava, depois passei a aceitá-la, tornou-se com o passar dos anos minha maior companheira, maior cúmplice, minha inspiração, deixou de ser uma palavra e virou gente, hoje ela é essencial à minha desprezível existência. Eu a vejo pelos cantos dos lugares que frequento, pelas bordas dos poemas, nos tons musicais que saem do meu velho violão. É onde me refugiu da pressa, das pessoas inoportunas, da fúria e dos barulhos que teimam a abandonar-me, é o meu universo particular, é a liberdade de emoções, é quando não me sinto antiquada ao chorar, nem sentimentalista demais por amar. O que seria do meu existencialismo sem essa mansidão? Sem esse espaço vazio que posso me acolher na forma que eu mesma achar melhor? Que posso dançar sem ser vista, cantar sem ninguém para rir, chorar sem ter que ouvir “não fique triste”. Minha companheira das noites frias, caladas e vazias, dos soluços incontroláveis que acompanham o choro triste e profundo, o que transborda tão livremente, feito água límpida que jorra da cachoeira. É fundo, profundo, taciturno. É solidão, alma, coração.
                                                                                                       

Mulheres + Dinheiro = ?


      Sei que é um tema corriqueiro, um clichê mesmo, mas quero falar pelo meu ponto de vista. Ontem estive conversando com alguns meninos e estávamos discutindo sobre a interligação de mulheres e dinheiro, eles afirmavam que todas eram iguais, surgia a brincadeira que elas gostam mesmo é de caráter (carro) e personalidade (dinheiro).
     Há algumas coisas que os homens confundem radicalmente, é claro que o que falarei aqui não corresponderá a todas as mulheres, mas sim as que não são interesseiras, mas que mesmo assim podem ser confundidas como tais.
     Ninguém aqui quer dividir miséria, isso é fato! Dizer que passaria fome pelo amor é mais loucura que amor, até por que casar sem ter condições, pra mim, é um erro, não o casamento em si, mas o momento escolhido. Quero deixar bem claro que, o problema não está nas condições em que vive e sim nas condições que viverá, ninguém quer estar ao lado de uma pessoa sem futuro, isso não quer dizer que rico tem futuro e pobre não, deixando bem claro, até porquê as vezes ocorre o oposto.
      Ser uma pessoa que procure crescer na vida, que tem sonhos e força de vontade, é válido, mesmo que não tenha condições de vida plausíveis, mas sabe que busca por um futuro melhor. Por que ninguém quer se sentir desprotegido em uma relação, isso não só as mulheres, como os homens também.
      Há muito uso do termo “ou”, dinheiro ou amor? Como se não pudesse existir os dois, e aí tem a falsa impressão que ter dinheiro a pessoa não tem amor, que estar ao lado de uma pessoa rica é por interesse, sempre. Se assim fosse, os pobres não se divorciariam, já que possuem tanto amor. Mas todos sabem que um dos motivos de tantos divórcios é esse, a falta de dinheiro que acarreta tantas discussões, isso se chama falta de planejamento, casar sem ter condições básicas de manter, por que mesmo que pareça arrogante, mas é a verdade, amor não enche barriga.
      Não estou aqui fazendo apologia ao interesse, muito ao contrário, só quero que não confunda segurança com interesse. Estar ao lado de uma pessoa pelo o que ela possui, sim, é interesse! Estar ao lado de uma pessoa que você realmente ame, mesmo que possua ou não bens matérias, mas que crescem JUNTOS, isso é planejamento, segurança.
                                                                   

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

"Amiga, Acabe O Namoro!"

    
      Já notaram que quando se tem uma discussão em um namoro, quando um dos dois vai procurar por um (a) amigo (a), geralmente as mulheres, o conselho sempre é “amiga, acabe o namoro!”?
    Percebi que são poucos os que analisam em conjunto, a maioria prefere enxergar o problema e dizer a “solução” que dê menos trabalho, que esteja mais próxima à língua.
    As pessoas não estão nem aí quanto aos sentimentos, tempo e amizade construída. Elas se predem ao fato ocorrido naquele momento, como se o namoro dos outros se resumisse em um único momento.
    É válido dizer que erros existem, se você procura por um namoro dos sonhos, então querida fique pra titia, pois este (infelizmente ou felizmente) não é real, é impossível. Por isso que é fácil julgar pelo erro, claro, enxergar o problema qualquer pessoa é capaz, mas saber analisar, achar soluções dignas, esse é o diferencial.
    Ouvir “vá com calma, analise bem...” é raro, é por isso que se deve ter cuidado com certos conselhos, nem sempre são bons, mesmo que venham de pessoas amigas e confiáveis. Julgar um relacionamento é complicado quando é visto de fora pra dentro, e muitas vezes quem se encontra fora acaba se enganando, tirando conclusões precipitadas, não sabem o que realmente passa dentro do íntimo de um namoro ou/e da própria pessoa que está a ouvir tais conselhos.
    Depois de um tempo eu realmente aprendi que as respostas se encontram em nós mesmos. Não adianta ninguém dizer “a verdade”, se esta não fizer presente em nosso ser, então não passará de um comentário vão, sem sentido. Quando nós mesmos decidimos algo, julgamos o que é realmente melhor pra si, então estamos prontos para fazer decisões, sem arrependimento, mágoa ou receio, porque estaremos seguros.
    É preciso parar de ouvir o mundo e tentar nos encontrarmos em nossos pensamentos, apenas nós é que sabemos o que corresponde à realidade individual. Julgar a vida dos outros é complicado, principalmente quando uma pessoa não sabe fazer isso com a própria. Amigos são ótimos, mas não podem decidir sobre sua vida!
                                                                                                         

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Problema Não Está Com Você


    “O problema não está com você”, quantas vezes já ouvimos essa frase? Não é de se espantar a frequência. E aí ficamos a pensar, se o problema não está comigo, então, por que toda esta despedida, por que me fazer sofrer se eu mesma não tenho culpa, se o problema está com você, então por que descontá-lo em mim?
    Às vezes, achamos que nós somos culpadas pelos erros ou indiferença dos outros, colocamos na cabeça toda a confusão, “aonde foi que errei?”. É comum de se perguntar isso, mas não é o correto, em certos casos. As mulheres, como diz Machado de Assis, são como as maçãs, as melhores ficam no topo, os homens preferem pegar as que estão no chão, que não são tão boas quanto às do topo, mas são mais fáceis de pegar... E aí as do topo pensam que o problema está com elas, quando na verdade, o problema é com eles.
    Machado de Assis foi genial ao dizer essas palavras... As mulheres devem saber que se algo está dando errado não se culpem, não aponte o dedo pra si mesmo, nem procure por julgamentos precipitados... Lembro-me que uma vez estava esperando meu pai no corredor de um consultório médico, nele tinham várias salas, de portas em vidro, caminhando sozinha por lá, avistei a sala de uma psicoterapêutica, se encontrava vazia, quando cheguei mais próximo para ler o que estava anotado em um papel, preso a um quadro, estava escrito assim: “O sofrimento resulta de um julgamento que você fez sobre alguma coisa. Elimine o julgamento e o sofrimento desaparecerá”. Essa frase me marcou tão intensamente, fez sentido em todo meu ser, que decidi anotá-la em meu celular. E é isso, nós sofremos por coisas supérfluas criadas por nossas mentes, assassinamos a nós mesmos e aos outros, com julgamentos tão vãos, mas que em nossa mente se concretizam como real.
    E por fim, sofremos, sofremos como se estivesse com o peito partido ao meio, nossa mente nos asfixia com as fantasias que criamos, com os conceitos que demos as coisas, com a decisão que tomamos quando não deveríamos tomar, éramos apenas para esperar, sem ter que classificar nada ou fazer conclusões precipitadas. 
    Mulheres inteligentes não se precipitam, são se martirizam por coisas imagináveis. Ao contrário disso, elas sabem analisar um ocorrido por vários pontos de vista, achando melhor assim não julgar, não têm uma mente fechada, com seu “eu” egoísta e invulnerável, sabendo ser flexível, compreender aquilo que consegue enxergar e aquilo que está longe de seu alcance.
                                                                                                           
                                                                                                              

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ser romântica é...


      Ser romântica é... Enxergar grandeza em coisas simples, sentir emoções intensas com um simples passar de brisa, sentir o corpo flutuar em nuvens com palavras ditas por dizer, sem pretensão de serem verdadeiras.
     Se jogar ao rio e perceber depois que a água não fluía, estava parada, imóvel. É ser a única a ter os olhos iluminados e úmidos, por momentos, simples momentos, que se cristalizam na memória, tornando-se imortais.
    É viver de migalhas impostas por outros, mas fazer destas completas, sem imperfeição. Fechar os olhos e se entregar ao escuro, mesmo sabendo da queda, se atirar ao impulso, ao sentir vida mesmo aonde não tenha.
    É acreditar que seus sonhos podem ser reais, que suas idealizações podem ser concretizadas, que não há barreiras, tempestades ou ventanias que possam atrapalhar. É ver o que os outros não enxergam, é ir além do que os bravos não ousam. Tudo em nome do amor, mesmo que esse seja platônico. 
                                                                                                                             

domingo, 23 de setembro de 2012

Homens E Suas Faltas De Desculpas


         Vocês homens quando pisam na bola feio não sabem pedir perdão, magoam as garotas e acreditam que se afastando delas resolve tudo, como se essa fosse a melhor solução, mas não é, não mesmo! Saibam que quando vocês fazem isso nossa raiva só aumenta, se antes não “queríamos” falar com vocês, imagina agora, depois do sumiço, quando nossa fúria já está transbordando. É quando resolvem aparecer, como se nada estivesse acontecido, e ainda se assustam com o nosso estado de TPM (Tendência Para Matar), por fim se dão por certos, dando a velha desculpinha que nós é que somos nervosas e não sabemos conversar, quando na verdade vocês é que são desligados e não nos procuram para conversar e resolver tudo, simplesmente somem do mapa. Ainda dizem que as mulheres é que são complicadas, mas a verdade é que vocês complicam tudo!
          Dizer um “Oi” ou “Como você está?” não resolve, muito menos diminuirá nossa fúria, notar que errou é fundamental, mas nós precisamos ouvir de sua boca, até porque não sabemos ler por telepatia, à distância.
         Nós não queremos que se sintam bobos, até por que um pedido de desculpas é grandioso e não um motivo de vergonha. Não pensem que fazendo isso será uma forma de rebaixar-se, ao contrário, acharemos um ato bonito, com certeza iremos deixar toda a chateação para lá e já estaremos de mãos dadas novamente. Pois um grande homem é aquele que tem maturidade suficiente de errar, perceber e desculpar-se dele.

sábado, 22 de setembro de 2012

Eu Gosto Mesmo É Dos Nerds!


        Enquanto muitas babam por um cara considerado “popular” eu gosto mesmo é de nerd, ter um carro (o que deixa muitas garotas interessadas) passa longe se você tiver com uma folha e um lápis em mãos resolvendo cálculos. Acredito que meu fracasso em cálculos faça com que eu tenha uma admiração por quem o sabe.
        Geralmente os neds são aqueles que gostam de jogos, de séries científicas e se amarram em mitologias, muitos são bons em cálculo (não necessariamente todos) e geralmente curtem rock. Os nerds são mais verdadeiros, não precisam ludibriar uma garota, são divertidos, não buscam por uma pessoa de aparências, sabem valorizar por qualidades. Não irão dar dor de cabeça, não são do tipo que saem pra uma balada, ficam com todas, ao contrário, são mais fieis que os outros.
        Muitos possuem aquela visão de nerd americano, o garoto de óculos fundo de garrafa, que se veste mal, cabelo de lado, tímido. Mas quero dizer que estão muito enganados, isso se chama estereótipos, tipo de alienação que a TV faz com sua cabeça! Um nerd pode até ter algumas dessas características, mas muitos outros são diferentes do que vocês constroem em mente!
        Os nerds serão o futuro, serão eles que renovarão toda a tecnologia, a engenharia e a computação. O que seria do mundo sem eles? Provavelmente estaríamos no tempo da pedra, fazendo surgir fogo com o atrito!
        Tenho amigos nerds, não quer dizer que eu seja afim deles, deixando claro, mas que os considero e tenho fascinação por suas qualidades, sim, eu tenho. É por isso que indico às meninas que os conheçam mais, não os julgue, seu ponto de vista pode mudar ao conhecê-los. São amigos verdadeiros, divertidos e ainda poderão te ajudar em matemática, fica a dica.
  

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Incríveis Professores



        Vim dedicar um pequeno texto aos incríveis professores e coordenadores (em geral) da educação que passaram por minha vida e que até hoje influenciam meus pensamentos, não só nos conteúdos de livro, mas também na forma de ver o mundo. Lembro-me de suas vozes nos aconselhando, uns que diziam “o que eu falo poucos escutam, mas aos que escutam já valeu a pena e espero que guardem”. Sim, eu ouvi e até hoje ouço. O poder de influência em que estes possuem, muitos nem se quer dão conta que possuem, é tamanho, suas críticas construtivas e suas opiniões de visão de mundo. Por que professor não é um livro ambulante, longe disso, é um influenciador de ideias. É com grande satisfação que agradeço a todos vocês pela forma de ensinar, em meio aos estresses familiares e profissionais em que estão sujeitos, conseguirem passar todo o conhecimento com grande foco, profissionalismo e dedicação. E principalmente por não deixarem o estresse do dia-a-dia os tornarem “livro ambulante”, permanecendo assim, além de grandes professores, grandes amigos.
  

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Prostituição-Mídia-Esposas





Como meu blog é sobre velhos clichês, então vamos lá...
       Lembro-me que certa vez li algo na revista sobre a Raquel Pacheco (Bruna Surfistinha),  mulheres casadas que a pediam dicas de sexo para fazerem com seus maridos. Bem, não sou contra as garotas de programa, nem muito menos as que foram, mas é um tanto perturbador que as mulheres cheguem ao ponto de pedir certos conselhos, querer que os maridos as vejam como uma prostituta, o que não é normal, a esposa deve ser respeitada como tal, mas vejo que as coisas estão mudando. Para quem não sabe, algo que acontecia na vida sexual de Raquel Pacheco, era que seus clientes apagavam o cigarro em suas nádegas, outros chegavam a lhe ferir com mordidas, então fica a dúvida, quais conselhos ela poderia dar?
       A própria mídia fez de uma ex-garota de programa uma artista, mas me pergunto e faço o mesmo a você, por quê? Quais foram os talentos que a fizeram ser popular?
      Os valores sociais inverteram, o que antes era algo bonito hoje é cafona, o que antes era insano hoje é modernidade. Devo focalizar que não sou contra a liberdade de mudanças, mas a valorização da banalidade me fere os olhos e os ouvidos.



Ser Engraçado Não É Ser Idiota!

         Muitos homens tentam ser visto como engraçados, mas acabam exagerando ou escolhendo piadas erradas e ainda mais em momentos inadequados. Ser engraçado é algo natural, já que nunca soube contar piadas, apenas ouvia. Há uma grande diferença entre fazer graça e ser visto como um sem noção, contar algo que faz as pessoas rirem é divertido, mas repeti-lo é frustrante. Se você não consegue ser sério em nenhum momento, se ninguém nunca te leva a sério, meus pêsames, você é um idiota.
       Uma pessoa que é engraçada não precisa fazer os outros rirem o tempo todo, brinca quando menos esperam e sabe escolher momentos adequados.  Dizer que pegaria a irmã do amigo na frente dele, falar coisas negativas e irresponsáveis de si mesmo, como dizer que ficou tão bêbado que saiu vomitando de uma festa ou que joga videogame o dia todo, essas coisas não são legais, não fazem de você uma pessoa “bacana” e sim um otário.
      Tentar impressionar uma menina com essas proezas é cometer suicídio. É frequente observar aquele turbilhão de meninos se batendo, falando alto e dizendo palavrão um com o outro, para chamar atenção das garotas. Devo parabenizá-los por esses atos, por conseguirem o que querem (chamar atenção), não têm noção do que passa em nossa cabeça, é feito o alarme de uma sirene, sinal de fuga, procuramos uma saída de emergência... Fica uma dica para você que se identificou com o texto: nenhuma mulher quer ser vista com o irmão mais novo sem noção ao lado, como você acaba se pondo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Classificando Os Tipos De Beleza Feminina


Há 8 tipos de beleza feminina, agora irei apresentá-los:

1-Lindas: Beleza rara, sem defeitos aparentes, são mulheres confiantes, simpáticas. Possuem uma beleza interna e externa.

2-Bonitas: Possuem defeitos, como todos, mas o conjunto torna-se bonito, mesmo que não usem maquiagem. São confiantes em si mesmas, é do tipo de mulher que não é considerada linda, devido há algum desvio de beleza padrão, mas continuam belas.

3-Feias arrumadas ou “bonitinhas”: Naturalmente são feias, possuem traços desproporcionais, mas sabem se arrumar, conseguem disfarçar os defeitos, nada que um corretivo ou uma chapinha não resolva.

4-Simpáticas: Assemelham-se ao tipo 3, porém tornam-se bonitas pela simpatia. À primeira vista são consideradas feias, mas ao conhecer passam a ser de uma forma tão legais, que a beleza surge.

5-Beleza Escondida: Mulheres belas, mas inseguras ou desleixadas.

6-Feias: Mesmo com maquiagem não tem jeito, não chegam a ser o centro de atenção da feiura, não são do tipo de quando olham para elas pensam “nossa, que mulher feia!”, mas todos sabem que são, sem necessariamente chamar atenção negativa.

7-Não têm salvação: Bem, esse é um dos piores casos, por que nem a simpatia, nem a maquiagem e toda a tecnologia resolve. São feias e são centro alvo de comentários, infelizmente.

8-Belas feras: são mulheres bonitas, mas que são tão antipáticas que se tornam feias.
É preciso ler umas observações:

a)      A maioria dos homens não sabe diferenciar uma feia arrumada de uma bonita.

b)      Quando uma mulher não corresponde à beleza padrão, mas possui autoestima elevada, reconhece seus defeitos, sabe superá-los, é confiante. Muitas possuem estilo, se vestem bem, são divertidas e carismáticas. Não são poucos os homens que se atraem por uma mulher assim, e isso não é difícil de entender, pois os homens gostam de mulheres seguras, confiantes, pois essas qualidades sobressaem os defeitos estéticos, pois vale mais um brinquedo “velho” na mão que uma Barbie dentro da caixa, é inútil.

c)       Mulheres, sejam qual for o tipo que se classifiquem, até se for “sem salvação” não percam a esperança, pois milagres acontecem, não? Então ouçam, não quero apontar seus erros, pois assim estaria apontando os meus, apenas quero que aprendam que a beleza que sobressai em vocês está mais na segurança que transmitem. Lembre-se que belas mulheres podem parecer medonhas ao lado das confiantes, pois a beleza que enxergam em você é a mesma que você constrói.

TPM: Livrai-me dela, amém!


Nós mulheres, prometemos todos os meses a nós mesmas que iremos controlar a TPM, mas toda promessa vai por água abaixo quando aqueles dias se aproximam. Parecemos mais bicho solto oscilando em sorvete derretido, brigamos mesmo por besteira, gritamos até com os passarinhos cantarolando, que chegam aos nossos ouvidos como um afoito, nós rasgamos o verbo até com desconhecidos. Quando assistimos a uma propaganda carinhosa, seja um filho abraçando a mãe ou um casal de namorados apaixonados, aquilo nos comove tão intensamente que chegamos a chorar. Sim, choramos, choramos por coisas supérfluas mesmo, choramos depois de tanto gritar, choramos por nada, por sentir uma imensa vontade de chorar sem ter um porquê.
Os homens sempre acham que a TPM é uma desculpa, mas querem culpar alguém? Culpem esses hormônios, ora! Esses malditos que nos deixam à flor da pele, com vontade de gritar, chorar, com dores e pavio curto.
Nós mulheres, sentimos até culpa quando gritamos com o namorado, quando seu abraço parece sufocar, seu silêncio parece desinteresse, sua fala soa como discórdia e quando pedem perdão por nossa culpa ainda dizemos NÃO! Fechamos a porta e mandamos o coitado ir embora.
Pois é mulheres, todas vocês reconhecem o que estou falando, sabem que em nosso íntimo sentimos culpa pelos nossos atos cometidos na TPM. Esse maldito nos abandona temporariamente, até acreditarmos que conseguiremos contê-lo na próxima vez.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Primeiro Beijo

Quem não se lembra dele? Pois é... Eu tava aqui pensando sobre o que escrever e acaba de me surgir à cena do primeiro beijo, com todo meu nervosismo, vastos pensamentos que fluíam, coração que palpitava acelerado... Tudo em pequenos segundos. Eu sempre acreditei que o primeiro beijo tinha que ser especial, com uma pessoa especial, não fui de apressar, mesmo minhas amigas já terem sido beijadas, eu estava esperando pelo grande momento, que havia idealizado em minha mente. Até que um dia me senti pronta, tinha acabado de encontrar a pessoa que estava esperando, foi quando completei meus 15 anos. Certo, algumas vão dizer que foi um tanto tarde, bem, eu não acho, o que eu verdadeiramente acredito é que as adolescentes estejam se precipitando, estão desenvolvendo-se mais cedo e a curiosidade batendo à porta logo na puberdade, mas enfim, estaríamos entrando em outro assunto... Voltando àquela noite de verão, estávamos numa festa em que amigos nossos iriam tocar, quando começou a tocar uma música, em que fechei os olhos, senti meu primeiro beijo, meu pensamento voou longe “Ah, não acredito, meu primeiro beijo!”  e por incrível que pareça, sem  exagero de romantismo, os sons que estavam ao redor desapareceram junto com o amontoado de pessoas... Bem, esse momento foi único e não me arrependi de tê-lo esperado.

As bocas que se entrelaçam
Falam em segredos
Expressam sentimentos
Em formas que se deslizam
Contornando desejos
Sacia a ansiedade
Em ritmo de impulso
Que faz descontrolar o pulso
Em batimentos acelerados
E quando há amor...
Os olhos enchem-se d’água
Como águas cristalinas
O surreal torna-se concreto
E todas as definições de amor
Resumem-se é um só ato
Em um só momento
Em um só beijo.