Quantas vezes queremos mentir para o mundo para
conseguirmos fazer com que os outros acreditem, mas principalmente a nós
mesmos, na mentira? Quantas vezes abrimos a boca e cuspimos palavras estúpidas
enquanto o coração está saltando em paixão? Quantas vezes culpamos o outro,
quando na verdade sabemos que o erro foi nosso?
Amor, amor, amor... Quando não correspondido, nos atira
em tamanha loucura, perdemos a noção de tempo e espaço, cada dia em ausência é
feito uma eternidade, cada espaço sem presença é vazio e triste. E quando achamos
ou queremos achar, que estamos bem, não precisamos de ninguém e que superamos
tudo, de repente aquela pessoa te revira à cabeça, surge diante de nossa
mentira, nos fazendo render diante dela. É aí que a frase “mentir pra si mesmo
é sempre a pior mentira” sobrevém diante de nossos olhos.
Não adianta gritar aos muros e telhados, nem sussurrar em
minha mente, tentar me convencer das atrocidades que venho tentando criar, das
histórias forjadas e nem das recordações que reluto em esquecer... Diacho que
não sai! É feito parasita!
Um dia após outro, um tempo esperançoso, essa é a cura
que nos aconselham. Esquecer, esquecer. Mas como faço para fugir da armadilha
que construí? Como faço para seu nome não aparecer nas noites que tento dormir?
E quando digo para mim mesmo que não me importo mais com você, que tudo não
passou de um momento efêmero e que estou bem, como faço para acreditar em tudo
isso? Como faço para acelerar o tempo, se esse parece não gostar de mim? E como
faço para tornar momentos incríveis em pura casualidade?
Enquanto não fabricarem uma vacina antipaixão, eu
continuarei amando, por que este meu pobre coração se apega tão facilmente as
pessoas. Ele não me obedece, não escuta nem a minha voz, prefere ir fundo,
encarar o mundo e depois de tanto saltar em dança, ele se recolhe triste,
fazendo-me temer com sua saúde. Pobre coração, acredita em sonhos.
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