sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mente Fechada


        Luto contra meu conservadorismo, manter a mente fechada chega a ser vergonhoso e um ato ignorante. Aquele que sente orgulho de ser cabeça dura ou de ter ideias fixas, não passa de um cavalo com tampão nos olhos, tem uma visão limitada, só enxerga aquilo que quer enxergar. Sinto que devo quebrar meus próprios tabus, minhas ideias completas, minhas certezas, quanto mais dúvidas eu tiver, mais completa me sentirei, pois não quero ser a dona das verdades, longe disso, quero poder analisar o que o mundo me apresenta como certo, mas manter sempre a dúvida, a incerteza, para que minha mente possa estar sempre disposta a novos conceitos.
       Meu conservadorismo é feito uma algema, quer me trazer sempre pra mesma prisão de visão, quebrar essas correntes, é libertar-se de si mesmo, do autoritarismo mental que vivemos e queremos impor aos outros. Quero, na verdade, ter uma mente flexível, que possa estar sempre ponderando entre aquilo que entendo e o que não tenho conhecimento, e por fim buscar. Buscar por verdades, e não adquiri-la por osmose, deixar os tabus de lado e poder ser permeável a qualquer divergência que fazia parte de mim.
      Classificar, denominar ou condenar é a forma mais alienada que existe, é a forma desumana ou até mesmo humana (não sei qual desses dois seria o melhor, não sei se o termo ‘humano’ é algo positivo) de aprisionar e dividir os homens, é a partir daí que surge o tal preconceito, tudo aquilo que nós condenamos, que pelas nossas verdades encontramos os errados, como se a nossa verdade fosse a correta, mas quem diz se é a correta ou não? Quem seria capaz de conceituar a forma certa de ver o mundo? Cada um tem uma visão, querer que todos possuam o mesmo modo de ver e condenar os contrários é frustrante e um tanto hipócrita, uma vez que outros sentiriam também o direito de te condenar, seja pelo seu conservadorismo ou radicalismo.
                                                                                     

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