“O problema não está com você”, quantas vezes já ouvimos
essa frase? Não é de se espantar a frequência. E aí ficamos a pensar, se o
problema não está comigo, então, por que toda esta despedida, por que me fazer
sofrer se eu mesma não tenho culpa, se o problema está com você, então por que
descontá-lo em mim?
Às vezes, achamos que nós somos culpadas pelos erros ou
indiferença dos outros, colocamos na cabeça toda a confusão, “aonde foi que
errei?”. É comum de se perguntar isso, mas não é o correto, em certos casos. As mulheres, como diz Machado de Assis, são como as maçãs, as melhores ficam no
topo, os homens preferem pegar as que estão no chão, que não são tão boas
quanto às do topo, mas são mais fáceis de pegar... E aí as do topo pensam que o
problema está com elas, quando na verdade, o problema é com eles.
Machado de Assis foi genial ao dizer essas palavras... As
mulheres devem saber que se algo está dando errado não se culpem, não aponte o
dedo pra si mesmo, nem procure por julgamentos precipitados... Lembro-me que uma
vez estava esperando meu pai no corredor de um consultório médico, nele tinham
várias salas, de portas em vidro, caminhando sozinha por lá, avistei a sala de
uma psicoterapêutica, se encontrava vazia, quando cheguei mais próximo para ler
o que estava anotado em um papel, preso a um quadro, estava escrito assim: “O
sofrimento resulta de um julgamento que você fez sobre alguma coisa. Elimine o
julgamento e o sofrimento desaparecerá”. Essa frase me marcou tão intensamente,
fez sentido em todo meu ser, que decidi anotá-la em meu celular. E é isso, nós
sofremos por coisas supérfluas criadas por nossas mentes, assassinamos a nós
mesmos e aos outros, com julgamentos tão vãos, mas que em nossa mente se
concretizam como real.
E por fim, sofremos, sofremos como se estivesse com o
peito partido ao meio, nossa mente nos asfixia com as fantasias que criamos, com
os conceitos que demos as coisas, com a decisão que tomamos quando não deveríamos
tomar, éramos apenas para esperar, sem ter que classificar nada ou fazer conclusões
precipitadas.
Mulheres inteligentes não se precipitam, são se martirizam
por coisas imagináveis. Ao contrário disso, elas sabem analisar um ocorrido por
vários pontos de vista, achando melhor assim não julgar, não têm uma mente
fechada, com seu “eu” egoísta e invulnerável, sabendo ser flexível, compreender
aquilo que consegue enxergar e aquilo que está longe de seu alcance.
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