segunda-feira, 7 de abril de 2014

Matinal

         Acordei com a cara limpa, cabelos bagunçados, com a cor de pele mais branca que folha de papel. No entanto estava ali, mais pura, mais entregue ao natural. Parece que a alma se expande com os primeiros raios de sol. Tudo é sereno e vívido. Tudo é real com toque de idealização. É um momento em que a paz invade um pequeno quarto, vindo pelas brechas da cortina... Quanto vale esse momento matinal? Aparentemente sem valor nenhum, passa por despercebido, ou melhor, nossas dificuldades diárias sendo processadas em nossa mente, antes mesmo de abrir os olhos, já nos impede de ver a tamanha beleza da simplicidade natural. Apenas queremos fechar os olhos e abrir com a maior lentidão possível para que os mesmos não sofram com o clarão do dia. Pobres seres humanos, não sabemos contemplar a luz.

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