Sabe toda aquela conversa de "Fale o que pensa!", "Não guarde o que sente!"... Essas frases são ditas por pessoas que nunca sofreram uma decepção amorosa. Ou que já esqueceram como é passar por ela. Você ouve essas frases, enche o peito de coragem e diz as três palavrinhas mágicas "Eu te amo". E o que acontece? Nada! Simplesmente você é ignorada e toda a sua coragem se torna humilhação. Mas não por culpa do outro. Quer dizer... Não há culpa e nem culpados. Mas de toda essa história lamentável você aprende uma coisa: a ser fria.
Sim, ser fria. Você primeiro sofre. Chora rios. Mas depois levanta a cabeça, com a convicção de que jamais cometerá o mesmo erro. Recompõe-se, arruma a roupa amontoada no corpo. Enxuga as lágrimas e bola pra frente!
O que se leva da decepção é o medo de não sofrer mais. Não criar expectativas mais. E nunca, nunca mesmo, achar que é especial pra alguém, e acima de tudo a não esperar nada de nada e nem de ninguém. Quem ganha nessa disputa invisível é aquele que não se permitiu ser. Ser transparente, ser de sentimento verdadeiro. E com o tempo você aprende que ser frio ganha mais. Sofre menos. E mesmo que isso não se chame liberdade, a frieza é uma prevenção pra qualquer sofrimento.
A primeira vez que o peito se despedaça em pequenas frações, demora juntar seus pedacinhos. E nunca fica inteiro novamente. Deixa marcas de que um dia foi quebrado. Mas você precisa ser forte. E saber que ignorar o fato não é solução, nunca se esqueça disso. Ignorar que sofreu, ignorar o outro, ignorar seus sentimentos... Isso não é cura, longe disso, é auto-opressão. O que é preciso é encarar a realidade como ela é, nua e crua, e depois de mergulhar profundamente na decepção e achar que chorou o bastante, pronto, é hora de levantar e superar, sem fingir, pois como diz Renato Russo "mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira".
Muitos poderão achar que ser frio é uma opressão. E talvez seja isso mesmo. Mas do jeito que as coisas andam, sentir demais será um atraso de vida. Por que, sinceramente, se formos ficar tristes por tudo aquilo que nos comove, por menores ou maiores que sejam, nunca iremos caminhar sem se martirizar, dar um passo adiante na vida. Ficaremos sempre lamentando pelo leite derramado. Pelo trânsito barulhento. Pelas pessoas falsas. Pela demora na fila do caixa. Pelo corpo que não tem. Pelo dia que chove. Por amor dos que perderam. Pelo cargo que não conseguiu... E por aí vai.
Também não espero que as pessoas se tornem robôs, sem coração. Não me deixa feliz fazer esse texto. É triste e lamentável dizer que devemos ser frios se queremos sofrer menos. Por que, pode acreditar, pra mim é difícil ser assim. Esconder o sorriso ou uma lágrima. Ocultar verdades que meu coração teima em dizer. Falar que está tudo bem, que não espero por nada. E acima de tudo a não criar planos. Tenho uma certa neura com isso. Quero planejar minha vida do início ao fim, e acabo me frustrando com isso e aos outros também. Por isso escrevo esse texto para nós dois, eu e você, meu caro leitor.
Não me entenda mal. você pode e deve ser solidário com todos. Dar conselhos. Ser uma pessoa querida. Até porque uma pessoa amargurada incomoda, e muito, quem está ao seu redor.
E quando afirmo que deve ser frio, estou me referindo ao fato de que não deve criar expectativas, você nunca sabe ao certo em que território está metido. Demonstrar afeto é essencial, é humano (ou deveria ser), mas tenha cuidado pra quem está demonstrando-o. Quando se entrega o coração a alguém, você está permitindo que faça o que quiser com ele, então depois não se lastime, você doou seu coração. Por isso, meu último conselho é: deixa o coração em seu próprio peito. Se ele quer dançar e saltar em valsas, deixe-o, ele tem vida própria, eu sei. Mas não o entregue a ninguém, (a não ser aos filhos, é claro), pois ele é seu. Assim como seus rins, seu pâncreas, seus olhos... Você pode até emprestá-lo, mas saiba que nem todo mundo tem o bom hábito de devolvê-lo inteiro. Isso quando ainda devolve.
Sim, ser fria. Você primeiro sofre. Chora rios. Mas depois levanta a cabeça, com a convicção de que jamais cometerá o mesmo erro. Recompõe-se, arruma a roupa amontoada no corpo. Enxuga as lágrimas e bola pra frente!
O que se leva da decepção é o medo de não sofrer mais. Não criar expectativas mais. E nunca, nunca mesmo, achar que é especial pra alguém, e acima de tudo a não esperar nada de nada e nem de ninguém. Quem ganha nessa disputa invisível é aquele que não se permitiu ser. Ser transparente, ser de sentimento verdadeiro. E com o tempo você aprende que ser frio ganha mais. Sofre menos. E mesmo que isso não se chame liberdade, a frieza é uma prevenção pra qualquer sofrimento.
A primeira vez que o peito se despedaça em pequenas frações, demora juntar seus pedacinhos. E nunca fica inteiro novamente. Deixa marcas de que um dia foi quebrado. Mas você precisa ser forte. E saber que ignorar o fato não é solução, nunca se esqueça disso. Ignorar que sofreu, ignorar o outro, ignorar seus sentimentos... Isso não é cura, longe disso, é auto-opressão. O que é preciso é encarar a realidade como ela é, nua e crua, e depois de mergulhar profundamente na decepção e achar que chorou o bastante, pronto, é hora de levantar e superar, sem fingir, pois como diz Renato Russo "mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira".
Muitos poderão achar que ser frio é uma opressão. E talvez seja isso mesmo. Mas do jeito que as coisas andam, sentir demais será um atraso de vida. Por que, sinceramente, se formos ficar tristes por tudo aquilo que nos comove, por menores ou maiores que sejam, nunca iremos caminhar sem se martirizar, dar um passo adiante na vida. Ficaremos sempre lamentando pelo leite derramado. Pelo trânsito barulhento. Pelas pessoas falsas. Pela demora na fila do caixa. Pelo corpo que não tem. Pelo dia que chove. Por amor dos que perderam. Pelo cargo que não conseguiu... E por aí vai.
Também não espero que as pessoas se tornem robôs, sem coração. Não me deixa feliz fazer esse texto. É triste e lamentável dizer que devemos ser frios se queremos sofrer menos. Por que, pode acreditar, pra mim é difícil ser assim. Esconder o sorriso ou uma lágrima. Ocultar verdades que meu coração teima em dizer. Falar que está tudo bem, que não espero por nada. E acima de tudo a não criar planos. Tenho uma certa neura com isso. Quero planejar minha vida do início ao fim, e acabo me frustrando com isso e aos outros também. Por isso escrevo esse texto para nós dois, eu e você, meu caro leitor.
Não me entenda mal. você pode e deve ser solidário com todos. Dar conselhos. Ser uma pessoa querida. Até porque uma pessoa amargurada incomoda, e muito, quem está ao seu redor.
E quando afirmo que deve ser frio, estou me referindo ao fato de que não deve criar expectativas, você nunca sabe ao certo em que território está metido. Demonstrar afeto é essencial, é humano (ou deveria ser), mas tenha cuidado pra quem está demonstrando-o. Quando se entrega o coração a alguém, você está permitindo que faça o que quiser com ele, então depois não se lastime, você doou seu coração. Por isso, meu último conselho é: deixa o coração em seu próprio peito. Se ele quer dançar e saltar em valsas, deixe-o, ele tem vida própria, eu sei. Mas não o entregue a ninguém, (a não ser aos filhos, é claro), pois ele é seu. Assim como seus rins, seu pâncreas, seus olhos... Você pode até emprestá-lo, mas saiba que nem todo mundo tem o bom hábito de devolvê-lo inteiro. Isso quando ainda devolve.
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