Quantas vezes reclamamos da hipocrisia alheia, enchemos o pulmão de ar e berramos "mais sinceridade''! E depois de um tempinho, quando alguém é sincero conosco, o chamamos de grosso, estúpido, sem-noção, entre outros adjetivos. Ora, até onde vai a sinceridade? É feito linha tênue, ficamos bambos nesse meio fio, não sabemos se omitir seria o mesmo de não ser sincero, e se sinceridade seria uma justificação quando se humilha alguém.
Sinceridade, sinceridade, sincericídio! Afinal, o que é sincericídio? É quando falamos a verdade quando não deveríamos tê-la dito. Pergunto então a você, quantas vezes cometeu sincericídio? E como desculpa, usou do argumento de ser uma pessoa "realista", sem papas na língua. Bateu no peito, e se assumiu como uma pessoa corajosa! Que não teme consequências do que fala! Mas... E quando as consequências são sutis? Ou quando se refletem em quem escuta, quando machuca e fere, é sempre necessária?! "A verdade dói, mas sara", será mesmo?! Será que atirar nossas verdades (sim, nossas) aos outros, significa que estamos fazendo algo bom? É claro que mentir não seria uma solução, mas usar de seu descontrole para ferir os outros, com a tola desculpa de ser sincero, o coloca como uma pessoa insensível e imatura.
Diante de uma leitura de Augusto Cury, me deparo com uma frase genial: ''Falar o que vem à mente, dizer sempre a verdade nem sempre é a expressão de um Eu maduro, mas sim de quem não tem controle''. Então, antes de falar suas verdades, sem medir consequências ou impactos, não seja tolo de bater no peito como alguém digno de aplausos! Saiba que é apenas mais um descontrolado, imaturo e insensível com os outros. Deixando claro que, é bom ser sincero, na verdade, é essencial. Mas usar da sinceridade para atingir aos outros, como forma de humilhar e menosprezar, é desprezível.
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