Fragilidade. Feito um copo de vidro arranhado. Prestes a ferir e a quebrar. Com medo de derramar-se em fagulhas, precisa ferir, ameaçar, manter distância. Tudo como meio de manter-se estável, arranhado, mas em pé. O sangue que escorre da boca daquele que se sacia, mancha o corpo daquele que está prestes a quebrar. Penetra no arranhão já escancarado a olho nu, ande, dói. E o copo tenta medir qual a dor que dói mais: a de sentir o arranhão absorver o sangue amargo ou a de quebrar-se ao meio.
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