segunda-feira, 6 de julho de 2015

Lei da reciprocidade

Eu comecei com a regra do recíproco, mas vi que a vida não deve ser sempre assim. Quanto amor eu dava, tanto amor esperava receber. Até que meu namorado entrou no embalo. O problema foi quando nos desentendemos, o que é normal em qualquer relacionamento. E o que fiz de errado, dei espaço para que a lei da reciprocidade fosse aplicada, ou seja, o mesmo erro ele poderia fazer sem culpa. E qual seria a próxima reação? Seria um jogo infinito de farpas. Ambos armados de forma igualitária, não haveria injustiças no amor. Mas qual amor se sustenta com farpas? A reciprocidade como um tiro pela culatra. Não precisou que o episódio se repetisse para que eu percebesse que a lei da reciprocidade não sustenta o amor. Mais do que entregar o que recebemos, é preciso fazer o melhor do que nos é dado. Nada por igual. Sem bate-e-volta. Sem munições. Sei que tenho muitas falhas, farpas e um jeito por vezes marrento, de antemão, já te peço desculpas, mas também peço que não me trate de forma igualitária, recíproca, principalmente quando errar. Quando fazemos o bem a alguém, mesmo que este não mereça, o bem retorna de alguma forma, infinitamente maior. É que o amor tem que ser altruísta, sem que se perca o amor próprio.

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