O amor no seu viés pragmático,
sem as pinceladas do romantismo do século XX. O amor como uma construção de um
objeto comum entre duas pessoas, sem uma perspectiva futurística de ideais,
como casamentos, casa e filhos. O amor que pensa no que é agora, mas sem pestanejar
sobre o amanhã, o qual pode ser nós, ou apenas eu e tu. O amor sem delimitação
de prazo, onde o “eterno” perpassa o domínio, feito areia que escorre pelos
dedos da mão. O amor que foge das amarras juvenis, dos relampejos fumegantes do
mundo excêntrico dos amantes. O amor que tem gosto de fruta mordida, que já se
sabe do gosto e textura que o carrega, que não se engana pela beleza do
desconhecido. Amor que lateja e percorre um caminho já conhecido ou presumido. O
amor que sabe quando ficar e quando ir, caso assim queira simplesmente partir. O
amor que não se prende em ameaças ou promessas, em meras suposições. O amor que
apenas é e vive, em sua pura essência de ser.
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