“Qual é o limite? O limite da
liberdade do outro?” depois de pensar nessas perguntas me veio em mente que o
limite não está necessariamente no outro, mas em si mesmo. E então me veio a
segunda pergunta, dessa vez mais coerente, “qual é o meu limite?”, ou seja, até onde eu suporto a liberdade do outro, até onde esta não pode me atingir? Essa é a indagação
que me faço sempre que me aborreço, quando alguém faz algo de contra aos meus
princípios. Por que eu sei que não posso e nem devo regular e nem muito menos limitar a vida do outro, o que
na verdade isso nunca foi minha pretensão.
Então, qual o meu limite de transigência?
Até que ponto uma ação não vai me incomodar e não passar a ser um peso (fardo)?
E se for um peso, vale a pena carregar aos ombros? Essas foram as perguntas que
fiz a um amigo, que possui sempre as melhores observações sobre a vida. E ele
me respondeu, mais ou menos, assim:
- Há pessoas e pessoas, quando
uma dessas é graciosa, o peso torna-se mais leve, mais fácil de carregar.
- Então essa pessoa precisa
também cooperar para se tornar mais leve?
- Sim, exatamente. Lembrando-se
que a vida é muito curta para perder tempo “suportando” alguém. E
paradoxalmente falando, a estrada é longa demais para carregar aos ombros um “peso
morto”.
(Ayllane Fulco)