domingo, 22 de setembro de 2013

Seja feliz, não seja artificial.

         

           Seja feliz, não seja artificial. É uma questão de ser e não de parecer, percebe? Gargalhadas altas nem sempre são verdadeiras. Geralmente quem muito feliz aparenta ser, não o é. Simples, essa certa artificialidade que nem todos conseguem captar é uma forma de disfarce, para esconder insegurança ou/e infelicidade. É tanta alegria que assusta! Não é raro olhares tortos para uma pessoa assim. É tanto exagero que se torna muito artificial. E aí, vale observar que, felicidade é uma palavra tão ampla e subjetiva que as pessoas a confundem com personalidade.
         Ser uma pessoa feliz, e aparentar ser feliz é bem diferente. Uma pessoa que aparenta, geralmente "expande" alegria, mas não de uma forma positiva, e sim de despertar desconfiança. As pessoas em seu subconsciente chegam a se incomodar com sua presença. Pois não soa natural. É como diz minha avó "Muito riso, pouco siso" (siso = juízo). É quando muitos se perguntam "Qual é o problema dele(a)?", pois para nós, pessoas "comuns", não é possível tanta felicidade em meio aos problemas pessoais, profissionais e econômicos. Pois todos carregam em seus ombros responsabilidades, medos e rotinas. O que nos faz ponderar e dar um certo equilíbrio emocional. Mas também não significa que somos infelizes por isso, e nem que a felicidade nos incomoda. O que é perturbador mesmo é a artificialidade. É parecer alguém sem juízo, quando nós sabemos que é tudo disfarce.

Sentada no ônibus


      Sentada no ônibus, indo pelos mesmos caminhos, em total solidão, eu e meus pensamentos barulhentos... Ora uma criança chorando no colo da mãe, ora uma bolsa passava-me próximo ao rosto, no vai-e-vem de corpos apressados, tentando manter-se em pé enquanto o ônibus freia. Em meio ao caos da cidade, um dia de semana qualquer, eu e meus pensamentos. Apenas. O interno era mais caos ainda. As buzinas dos carros pareciam até distantes, o calor escaldante já não mais incomodava. Porque só importava eu e meus pensamentos barulhentos... E de repente tudo ficou em silêncio, interno e externamente... De repente o mundo ficou blue. Não se ouvia nem mais um ruído qualquer - Essa é a cena que ficou. Marcou. Sem sons. Imagens apenas. Olhos.

- Ayllane Fulco

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Chances

    Não se deve insistir num erro. Isso é fato. Mas todos acabam insistindo, com a tola desculpa ou esperança de que dessa vez será diferente, só que não será, nunca é. Com o tempo ficamos nesse círculo vicioso. Nos adaptamos aos erros, e preferimos cometê-los novamente, em vez de tentar uma nova alternativa, pois tememos pelo resultado de que não sabemos, pelo desconhecido. E aí, mais um vez idealizamos que o erro não será mais um erro. Só que mágica não existe! Um erro é erro e ponto final. E não adianta vim argumentar, pois quantas chances você já deu? E dessas, quantas valeram à pena?
    O problema não está em dar chances. O problema é quando essas chances interferem em sua vida. Quando você deixa de seguir em frente para esperar por alguém que nunca chega ao seu lado. Nessa situação uma chance requer de você a escolha entre seguir adiante ou permanecer. E quando você abre mão de seguir adiante, a sua vida se resume a erros contínuos e viciantes. Quando opta em permanecer, deixa de dar chances a si mesma . Ou seja, você decide para quem vai dar essa chance, se para si mesma ou aos outros. Mas se quer um conselho, doe para si a oportunidade de optar outras escolhas, ver outros cenários, sentir outros sabores, conhecer outras pessoas, viver outros rumos!
     Por que no fim de tudo, de todas as escolhas feitas, você só terá lembranças do que viveu. Então não se prive a algo ou a alguém que seja um erro. Não construa, ou melhor, não limite a sua vida em momentos, situações, trabalhos, pessoas, gostos... errantes. Dê uma chance a si mesma. Permita-se!

- Ayllane Fulco

sábado, 7 de setembro de 2013

Eu apenas queria que você soubesse


Um dia...


“ Um dia o céu estava azul, ar fresco, aroma das rosas em plena primavera, um sol de verão, um gosto de sorvete na boca, um pedido de namoro. Outro dia o céu estava triste, nublado, o ar tão fadigado, já não havia aroma das rosas, pois havia chegado o outono, o sol havia se escondido entre nuvens escuras, o sorvete virara líquido e o pedido... era de fim, de esquecimento.”

- Ayllane Fulco

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

?!

É engraçado como aquela pessoa a qual você gostava muito, depois de um tempo, quando o "encanto" passa,  ela simplesmente perde toda a graça e você se pergunta "O que foi que eu vi nela?!".

Era só um garoto

Era só mais um imaturo sentimental. Não sabia o que sentia. Ou melhor, saber, sabia, mas não queria admitir a alto bom som. Então sussurrava pelos cantos amor eterno. Era tão frágil que dava para quebrá-lo com um toque. Tão romântico que era de se espantar. Mas não por sua obsessão (se é que existia), e sim por ser contraditório com sua pessoa. Com que falava e demonstrava aos outros. Batia no peito, como um homem íntegro, rígido e anti-sentimental, mas quando ficava sozinho, em suas humildes palavras, nada mais era do que um garoto. Um garoto apaixonado. E todos os seus conselhos aos desconhecidos se tornavam tolos. Distantes demais. Teóricos demais. Pois até ele sabia que nenhum personagem permanece intacto por tanto tempo.

- Ayllane Fulco