Tão jovem, mas já tão cansada. Tempo, tempo, tempo...
perdição de tempo. Amor em perdição. Tal como Camilo Castelo Branco, com menos romance. Sem nenhum romance. Apenas pela
perdição. Pela força da sonoridade. Motivo banal.
De
alguma forma, as pessoas estão sempre camufladas em suas inseguranças. Tempo que
se vai, que não volta. Tempo que permite as pessoas partirem de sua vida. Tão
abertamente, quase como um convite para se retirar, a porta já à vista, aberta,
ou melhor, escancarada. E você está ali em pé, segurando a porta para que não
feche, não permitindo ficar frente-a-frente com a outra pessoa, por medo ou
qualquer outro motivo. E deixa partir, ir embora. Apenas consentindo, talvez
motivando o ato pelo total silêncio e isolamento. E assim as pessoas vão
embora, quase que sem escolha própria. Convidadas a se retirar de mansinho.
Mesmo que sem a real vontade de ambas às partes.